A revisão de itens básicos da moto deve fazer parte da atenção do
motociclista, com o objetivo de evitar eventuais inconvenientes, antes
de percorrer qualquer trajeto.
MANUTENÇÃO PERÍODICA DA MOTO
LUBRIFICAÇÃO
DA CORRENTE: Todas as marcas recomendam que a cada 500 km você
lubrifique a corrente, isso evita o desgaste excessivo apesar de
sujar bastante a roda traseira, mas é mais barato limpar a moto toda
semana que trocar um conjunto de relação que pode chegar a US$
700,00 em algumas motos importadas. O lubrificante mais recomendado é
óleo 90 (altamente viscoso) alguns preferem graxa náutica que é
branca e não sai com água. Felizes os que tem eixo cardan!
CALIBRAGEM
DOS PNEUS: Manter a calibragem dos pneus correta pode fazer a
diferença entre estar em condições de fazer uma curva ou "seguir
reto". As motos com pneus entre 170 a 190 (traseiro) quando
usadas sem garupa devem usar de 38 a 40 libras (pneu quente). OBS: O
pneu quando aquece pode por dilatação do ar, aumentar a calibragem
em até 8 libras, isto significa que um pneu calibrado frio e usado
em condições quentes como uma viajem com mais de 45 minutos a uma
temperatura ambiente de 20° C pode chegar a 48 libras, deixando seu
pneu muito duro, perdendo sua aderência quando você mais precisa,
nas curvas. Já o dianteiro deve usar 4 libras a menos que o traseiro
pois seu volume cúbico é menor. Se você preferir utilize
Nitrogênio para calibrar, pois ele tem um ponto de dilatação mais
elevado e isto mantém mais estável a calibragem. Resumindo, quando
você for andar na cidade, calibre no máximo, mas quando for para
estrada, lembre de acertar sua calibragem para menos, mantendo a
melhor performance dos seus pneus.
TROCA
DOS PNEUS: Quando você for trocar um pneu tenha alguns cuidados
básicos: Procure sempre trocar em máquina de montagem,
especialmente se for rodas raiadas. Após a troca lembre que todo
pneu vem de fábrica com uma camada de cera bastante escorregadia e
tracionar ou forçar uma curva é tombo certo! Mas como evitar isso?
Se for pneu dianteiro, use uma lixa grossa de qualquer tipo e passe
em toda banda de rodagem; Se for traseiro, vá até uma área de
areia ou cascalho fino e dê uma patinada com no mínimo duas voltas
no pneu e estará limpo, a areia funcionará como lixa. Quando
trocar? Geralmente os pneus originais agüentam em torno de 10.000 km
nas esportivas e 12.000 km nas custons, mas independente disso se
você perceber que os pneus estão quase sem friso na faixa central,
não hesite, troque-os. Outra maneira é se caso você começar a
perceber que a moto está um pouco instável especialmente em curvas,
examine primeiro a calibragem, se estiver correta, então desconfie
do desgaste dos pneus. Como escolher o pneu certo? Há vários tipos
de pneus, alguns mais duros que duram mais e são menos eficazes
quando usados no limite e outros mais macios que duram menos, mas que
são "verdadeiros chicletes" no asfalto. Pense em como você
usa sua moto e faça a escolha certa.
PARAFUSOS
EM GERAL: Sempre que lembrar, dê uma geral nos parafusos de
carenagem, rodas, suportes, etc. A alta vibração provocada tanto
pelo motor quanto pelo tipo de calçamento afrouxam sistematicamente
os parafusos, portanto não deixe de manter sua moto sempre justa.
ÓLEO
LUBRIFICANTE: Todas as fábricas não recomendam o uso de óleos
sintéticos, pois você acaba só completando e raramente troca. Uma
manutenção ideal é aquela em que você troca de óleo a cada 3.000
km e filtro a cada 6.000 km. As motos que andam em alto giro, quebram
mais rapidamente as moléculas do óleo e por isso ele afina rápido,
tornando necessário sua substituição. (entenda-se giro alto como
6.000 a 14.500 rpm). O mais recomendado para altos giros é o 20/40 e
nas motos que andam com giro mais baixo pode-se usar até o 20/50 o
mesmo usado nos carros em geral. Controle sempre o nível do óleo e
acompanhe o "som do motor" ele revela muita coisa para
você, as vezes você percebe o nível baixo do óleo pelo barulho
excessivo das engrenagens, algo distinto do que você acostumou a
ouvir.
GASOLINA
NO TANQUE: Os mecânicos de competição no Brasil, recomendam
que se use gasolina comum a maior parte do tempo, não adianta usar
gasolinas especiais com maior octanagem, pois o rendimento na cidade
e na estrada é imperceptível. O aconselhável é usar de vez em
quando na estrada um ou dois tanques de gasolina aditivada para
descarbonizar o motor e limpar as partes móveis. Manter o tanque
sempre cheio evita que se formem gotículas na parte superior do
tanque. Essas gotículas quando permanecem por muito tempo, tendem a
formar ferrugem no tanque provocando oxidação das partes móveis de
bomba, carburador, etc. Por isso, mantenha sempre o tanque o mais
cheio possível o que evita também que a bomba receba sujeira ou
água. Já que a água é mais pesada que a gasolina, ela sedimenta
no fundo do tanque e quando você anda muito na reserva, ela vai para
o motor e começa aquela sessão falha tudo!
BATERIA:
Examine pelo menos uma vez a cada seis meses o nível da água da
bateria, mas se caso sua bateria começar a dar sinal de vida, isto
é, o farol enfraquece em marcha lenta, pisca junto com a sinaleira
ou acende quando você acelera, pode procurar um posto e completar o
nível da solução. Caso nada disso funcione, procure a loja mais
próxima e troque-a, pois essas motos sem pedal de arranque, são
pesadas para empurrar mais de uma vez! OBS: Se você for viajar e
deixar a moto muitos dias sem ligar, desligue o polo (-) negativo da
bateria por segurança e por precaução contra uma possível
descarga da bateria.
MOTO
NO DESCANSO CENTRAL: As motos com motor em linha, (cilindros um
ao lado do outro) que tem carburadores um ao lado do outro devem
preferencialmente ficar no descanso central. Essa medida serve para
manter a equalização dos carburadores, pois quando a moto está no
descanso lateral, por gravidade, os carburadores ficam com níveis
variados de combustível facilitando a perda da equalização,
responsável pelo funcionamento equilibrado de todos os cilindros.
Caso a sua moto for ficar mais de três ou quatro dias sem funcionar,
opte por usar o cavalete central, nos casos de esportivas que não
possuem este, compre um cavalete de oficina que suspende a roda
traseira.
CAPA
DA MOTO: JAMAIS COLOQUE A CAPA QUANDO A MOTO ESTIVER COM O MOTOR
AINDA QUENTE! Além do risco de incêndio por tocar partes super
aquecidas, ainda há o fato da capa fazer a moto suar, e com o tempo
oxidar partes metálicas.
Abaixo video com dicas de manutenção.
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